79º DIA - Quando o inverno encontra o velho homem do mar….

Eis que assim o vento que soprava do sudoeste trouxe um odor de peixe, típico do mar em que os homens se aventuram....e assim sem mais cerimônias o marujo manco e de rosto marcado de sol e histórias, limpou os pulmões e cuspiu o mais longe que pode....acendeu o caximbo novamente, puxou a fumaça com força mas sem tragar...e olhou as nuvens cinzas que se aproximavam rapaidamente da costa.....olhou o barco ancorado, os homens apressados a guardar as tralhas do ofício e o mar que se agitava como uma dessas donas de cabaré....marcadas por uma fúria disfarçada em desejo e luxúria....vagarosamente o marujo se aproxima do seu barco....desata o nó que o prende no pier...e fingindo ouvidos moucos ante o alarde de seus companheiros.....lança-se ao mar mais uma vez....mas agora embuído de um desejo de achar uma repsosta qulaquer....para a pergunta que durante anos evitara fazer: vale a pena?....esperava ouvir do mar a reposta....mas foi o silêncio o que o encontrou....