O natal é essa qualquer coisa que nos faz repensar o ano que finda, reencontrar pessoas que não vemos a algum tempo e mesmo suportar aquelas das quais queríamos uma folga do tipo "para sempre". Eu não costumo escrever nem cartões de natal, nem ficar desejando felicidades e paz aos homens de boa vontade, mas mesmo assim resolvi que seria diferente e tentaria escrever alguma coisa...
Não desejo a realização de todos os desejos nem de todos os nossos sonhos, porque sabemos de antemão que nem todos estão fadados a ocorrer, e nem a se realizarem do modo que a gente imagina ou mesmo gostaria; mas desejo que todos tenhamos por perto pessoas que nos auxiliem nessa busca, e outras tantas que nos consolem frente as frustrações. Desejo que saibamos cuidar mais de nós mesmos porque saúde não é dádiva apenas, é cuidado, é amor próprio. Desejo que não nos acostumemos com a violência, trancando-nos no conforto de nossas casas-fortes, nem nos resignemos da nossa situação social, achando normais, a fome, a doença, a miséria e a guerra. Desejo que cidadania não seja uma palavra usada em campanhas publicitárias a fim de eleger pseudo-representantes. Desejo que possamos nos reconhecer como nação.
Desejo também que tenhamos e possamos ser amigos leais e valorosos. Desejo que possamos ser bons pais e boas mães, bons filhos, bons netos, mas sobretudo, imperfeitas, porque querer ser perfeito é sobretudo ser chato. Desejo que possamos errar no dia-a-dia, mas que aprendamos a pedir desculpas. Desejo alegria a todos e o direito de sermos um pouco tristes também.
Poderia desejar muitas outras coisas nesse natal e nesse ano novo que se aproximam, mas desejo simplesmente que sejamos capazes de sonhar, de amar, de sofrer, de indignar-se, de lutar e de sermos felizes.
A todos os meus amigos e familiares, de ontem, hoje e sempre um feliz natal!
Um comentário:
Lindo! Lindo! Lindo!
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